Nesse minuncioso mundo da masterização, a ultima etapa seria aplicar o Dithering afim de deixar as faixas com um audio de 16bits compativel com a comercialização fonografica de Cds.
Minha pergunta seria: Qual a melhor forma de aplicar o Dithering?
Aplicar um batch em todas as faixas? é coerente utilizar o dithering no L2/L3, por exemplo?

Olá Adriano,

COMO aplicar não seria tão importante quanto QUANDO aplicar! Você pode usar batch, render, plugin no master etc.

O fundamental é que o Dithering seja o último processo na masterização, inclusive depois dos fades e conversão de sample-rate.

No Wavelab costumo utilizar o próprio rack de efeitos (sessão master) que possui um slot para dithering no final da cadeia. Aliás, sempre inserte o processador de Dither depois do fader master, para evitar erros, principalmente quando existe automação. No Wavelab, existem alguns processadores nativos muito bons (obviamente é sempre recomendável escutar o resultado para cada faixa ou CD processado antes de escolher) e vc tbm pode usar plugins de terceiros, desde que cadastrados no Wavelab como plugins master.

Cuidado para não aplicar dithering duas vezes, tanto simultaneamente no render final quanto em etapas subsequentes.

Eu costumo testar 2 ou 3 formatos (noise shape) e processadores antes de escolher. DICA: sempre escolha o processador em volumes normais de audição! Algumas pessoas aumentam bastante o ganho para ouvir o ruído de dither e fazem julgamentos errados, por causa da curva de Fletcher & Munson. Além disso, correm o risco de danificar algum equipamentos ou machucar os ouvidos.

Abs!
Dennis

Ola Adriano e Dennis

A resposta do Dennis é excelente e não tenho muito para acrescentar. Eu coloco o dithering, quando renderizo cada faixa. É importante de se lembrar de porque usamos dithering também para colocar somente quando precisamos:

O dithering somente será colocado quando você tem uma redução de bits. Sempre precisa lembrar os técnicos de mixagem, que deveriam entregar os seus mixes no profundidade de bits que foi mixado, mesmo que isso pode significar que as faixas não tem todas a mesma sample rates e profundidade de bits. Se o seu projeto é de 24bits para DVD e vc entrega em 24bits, não aplique dithering.

Vou acrescentar um fluxo grama de masterização que usamos em aula. Mesmo que modificamos ele cada ano, adaptando-se as mudanças tecnologicas, pode se observar o lugar do dithering no processo da maneira que descrevi acima. Sendo, por razões práticas pode-se fazer o dithering antes do PQ-Editing no qual você aplique os fades. Sendo, eu aplico o dithering por cada faixa e não em 'batch processing'. Eu poderia ter colocado o dithering também depois, no final de todos os processos da maneira que Denis descreveu. Neste caso poderia ser feito já em Audio Montagem por todas as faixas. Não tem nenhum problema de aplicar o dither em batch processing, desde que esta na ordem correta. Eu recomendo os algoritmos da Apogee, que no Wavelab da Steinberg vem como UV22 ou UV22HR. Não conheço os dithers da L2/L3, mas é um ruido baseado em algoritmos simples, sendo não tem muito como errar. Já vi muitas discussões em estúdio sobre este aspecto e a decisão é no final sua: o que soa melhor na SUA música no SEU projeto. O que fazemos em aula é de ouvir as duas possibilidades em teste ao cego.

Espero ter ajudado.

Abs,

Adriano e Dennis

Vou acrescentar dois arquivos de fade-outs, um sem dither e outro com. Observe que o fade-out com dither tem uma duração maior, sendo acrescentando dithering, você acaba aumentando a sua banda dinâmica. Para ficar evidente, usei um arquivo de 8-bits.

http://www.masterizacao.com.br/exemplos ... _fade.html

O resultado é evidente!

Abs,